Darwin influenciou o mundo. Suas idéias hoje são aceitas pelas comunidades acadêmicas e cientificas. Sua influência pode ser percebida na matéria do jornal Estado de São Paulo de 12 de fevereiro de 2009 que diz: “Seu armário de besouros está de volta ao apartamento que ele ocupava na faculdade. Sua casa virou um tesouro nacional. E, dois séculos após o nascimento de Charles Darwin, as ilhas que o levaram a formular a teoria da evolução são ameaçadas pelo turismo.”
David Attenborough, cujos programas de televisão sobre o mundo natural foram vistos por milhões de pessoas pelo planeta afora, deu uma explicação simples sobre a atração do bicentenário. "Sem Darwin, muito pouco no mundo natural faz sentido", disse Attenborough à Reuters. "Darwin converteu a história natural em ciência."Martin Rees, presidente da Royal Society, a academia científica mais antiga do mundo, disse que a influência de Darwin "é onipresente na cultura contemporânea, mais que a de qualquer outra figura científica".Para o jornalista Marcelo Leite, a teoria darwiniana é a melhor e mais resistente explicação para o fenômeno da vida tal como a conhecemos. No livro "Folha Explica Darwin" (Publifolha, 2009), de sua autoria, Leite aborda de forma dinâmica as questões essenciais da obra de Darwin, usando a vida do cientista como fio condutor.
Carl Safina, em um artigo no The New York Times de 09 de fevereiro de 2009 argumenta que está na hora de matar Darwin, sob o argumento de que o melhor da teoria da evolução foi realizado depois dele e não pelo próprio. A sua teoria evoluiu e encontrou em R. Dawkins um forte defensor.
O mesmo acontece com líderes religiosos, como o Reverendo Caio Fábio que afirma: “A Bíblia não quer dizer como Deus criou. Apenas nos diz que Ele falou e assim se fez. O Deus de Jesus criou, cria e continuará criando! Ora, o que é que existe entre o Gênesis e o Apocalipse senão Evolução? Sim! O que existe entre o Jardim e a Cidade Santa senão evolução? Evolução como evolução é; ou seja: cheia de “catástrofes”. Entretanto, eu pergunto: E qual é o problema? Darwin não é meu inimigo. Celebro sua ousadia e fé”.
Apesar da hostilidade inicial às idéias de Darwin, líderes religiosos disseram que hoje o reconhecem como um dos maiores cientistas britânicos e que suas idéias coexistem bem com a religião.
Para o publico infantil existe o livro: "Meu Nome É... Charles Darwin - Minhas Teorias Sobre a Evolução dos Seres Mudaram o Mundo" de Luís Cugota e Teresa Martí.
É notória toda a influência dessa teoria na política, antropologia, economia e psicologia.
Embora cientificamente aceita, no jornal Estado de São Paulo em 01 de fevereiro de 2009, apresenta que perto de 51% dos britânicos acreditam que a teoria da evolução não pode explicar a complexidade da vida na Terra, da qual somente um "design inteligente" daria, contra 40% que opinam o contrário.
Ao mesmo tempo, há mais de 100 anos Pasteur combateu a abiogênese, vida que provém do nada. Há muita conjectura em idéias que não podem ser comprovadas pela nossa sede de racionalizar. A fé não é racionalizada no modelo do pensamento grego que influencia a maneira que temos de pensar. Deus está acima de nossa capacidade de racionalizar, por isso a dificuldade que muitos tem em aceitar.
O que poderia resumir toda a influência de Darwin e essa incapacidade humana de compreender Deus em sua essência desprovido de fé foi registrado nos jornais numa frase dita por Richard Dawkins: "Acabo de retornar do Pantanal e fiquei deslumbrado com tanta beleza, se não conhecesse Darwin, ajoelharia e diria que isso é obra de Deus". O Estado de São Paulo, 02 de julho de 2009.
Rafael Rossi
Julho 2009
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